De Terras de Olivais à Modernidade
Na Lisboa Oriental, a getLISBON abrange toda a zona ribeirinha oriental que corresponde às actuais freguesias de Penha de França, Beato, Marvila, Olivais e Parque das Nações.
Esta zona era um vasto território que o rei D. Afonso Henriques doou às Ordens Religiosas após a conquista de Lisboa. Aqui se instalaram diversos conventos em terrenos de hortas, pomares, olivais e searas que abasteciam Lisboa. Ao longo dos tempos, a extensão ribeirinha teve, ainda, o poder de atrair a nobreza que por aqui se instalou, em quintas de veraneio.
Mais tarde, em 1834, com a extinção das ordens religiosas, os conventos foram, gradualmente, abandonados e rapidamente a cintura industrial da cidade se alargou para esta área.
A leitura do nosso artigo sobre Lisboa Ocidental dá-lhe um breve retrato do ambiente industrial da área ocidental de Lisboa.
No início do séc. XX o ambiente fabril atraiu operários e afastou os nobres. Fábricas e armazéns eram uma constante ao longo do rio. As matérias-primas e produtos acabados eram transportados entre as margens, em faluas e varinos, barcos tradicionais do Tejo. As gentes que ali laboravam viviam em vilas e bairros operários, construídos nos pátios dos antigos palacetes.
Com a construção do aterro e a expansão do Porto de Lisboa, a zona ribeirinha transformou-se; o rio ficou, então, mais longe e os parques de contentores que entretanto surgiram, separaram a população do Tejo.
Durante os anos 1960/70, Lisboa virou as costas ao rio e expandiu-se para Norte. Mas o projecto da Exposição Mundial de 98, sob o tema dos Oceanos, resgatou a antiga e íntima relação entre alfacinhas e o rio. Toda a área degradada foi reabilitada e transformada, para dar lugar ao grande evento, onde o encontro entre nações foi inesquecível. Numa fase posterior, todo o espaço foi adaptado em área residencial e de lazer, surpreendentemente, agradável.
Mas o que é que há de interessante para os nossos leitores?
Muitas são as razões para explorar a Lisboa Oriental:
- Visitar um museu que só podia existir em Portugal (do Azulejo claro!);
- Apreciar o património arquitectónico antigo e industrial ou as mais arrojadas tendências contemporâneas;
- Ir ver um dos maiores oceanários do mundo, o Oceanário de Lisboa;
- Conhecer por onde passa um dos caminhos de Santiago.
E muitas outras particularidades de interesse que a getLISBON lhe vai mostrar.