As Razões do Nome Colina da Medicina
A Colina de Santana separa o Vale Verde (actual Av. da Liberdade) do Vale da Ribeira de Arroios (actual Av. Almirante Reis). Foi, até há dois séculos, espaço de campos e produção de gado, pontuado por conventos, mosteiros e palácios.
Sugerimos a leitura do texto Lisboa, Cidade das Sete Colinas.
Mas, porquê Colina da Medicina?
Aqui encontra a resposta sobre esta peculiar denominação.
No início do séc. XIV, neste local fora das portas da cidade, foi instalada a Gafaria de São Lázaro, uma casa destinada a leprosos.
Mais tarde, aquando do terramoto de 1755, o Hospital de Todos os Santos situado no Rossio ficou muito destruído e houve a necessidade de encontrar uma solução alternativa.
Nessa altura, o Colégio de Santo Antão-o-Novo, devoluto devido à expulsão dos jesuítas, foi o novo espaço encontrado. Perfeito para o efeito dados os bons ares da colina, nascia, assim, o Hospital Real de São José, ainda hoje, em funcionamento.
Ao longo do séc. XIX aqui se vão fixando outros serviços relacionados com a saúde, inclusive a primeira Faculdade de Medicina de Lisboa, o primeiro hospital psiquiátrico do país, Miguel Bombarda (desactivado), Instituto Bacteriológico Câmara Pestana, Instituto Oftalmológico Gama Pinto e o Hospital de Santo António dos Capuchos onde se encontra a curiosa Colecção de Dermatologia e o Museu da Saúde.
Ficou, deste modo, conhecida como a Colina da Medicina.
Hoje, Santana é uma zona obrigatória ao visitante da cidade. Aqui encontra:
- Património edificado de diferentes épocas;
- Uma curiosa biblioteca;
- Um jardim onde habitam livremente bonitos galináceos;
- Uma estátua de um famoso médico, local de romaria e culto popular;
- Uma rua ímpar com os seus palacetes Belle Époque;
- Um magnífico miradouro sobre a parte Ocidental da cidade, o Jardim do Torel.
Através do ascensor do Lavra, monumento nacional, encontra uma forma pitoresca de chegar a esta surpreendente colina. A não perder!