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Sabe que actualmente são 11 os coretos de Lisboa? Que lugar cabe a estas curiosas estruturas que podemos encontrar espalhadas um pouco por toda a cidade?
Os coretos são usados nas festas populares e em eventos pontuais e constituem sobretudo, marcos de memória e de referência dos cidadãos como vimos em História dos Coretos, Memórias de Liberdade e Identidade.
O Verão é tempo de festividade, de viver a rua e os espaços abertos e festa não é festa sem música. A música está nas ruas de Lisboa em festivais de rock, jazz, fado e música erudita, abrangendo todas as sonoridades e tipos de público. Para estes eventos são geralmente montados palcos temporários, equipados com todo o tipo de tecnologia que os tempos que vivemos exigem.
Faça uma visita guiada às zonas históricas de Lisboa e conheça locais imperdíveis desta magnífica cidade.
Os 11 Coretos de Lisboa
Actualmente contamos 11 destas estruturas, mas chegaram a ser mais de 20.
Muitos foram demolidos porque se degradaram, porque deixaram de ter uso ou porque o enquadramento urbanístico mudou e o seu lugar deixou de fazer sentido.
Mas esta tendência foi invertida. Nas duas últimas décadas do séc. XX e mesmo recentemente, novos coretos foram construídos em Lisboa pela autarquia, reavivando assim o papel deste equipamento público agregador de comunidades e fomentando iniciativas culturais locais.
Vamos então conhecer os 11 coretos de Lisboa e saber um pouco da história de cada um deles.
Coreto do Jardim da Estrela
Este coreto localizava-se originalmente nos jardins da Avenida da Liberdade, no quarteirão em frente à actual Rua Rosa Araújo. Inaugurado a 15 Agosto de 1894, foi dali retirado após resolução camarária de 28 de Julho de 1932.
Com o aumento do tráfego automóvel e a ocupação mais comercial e de serviços da avenida, o coreto deixou de atrair público ao fim-de-semana. Foi então desmanchado e reconstruído no Jardim da Estrela, onde ainda hoje se encontra.
Este coreto foi projectado por José Luís Monteiro, arquitecto de formação francesa que também foi responsável pela nave da Estação do Rossio, entre outras peças de referência.
Em estilo francês é o maior e, indiscutivelmente, o mais bonito dos coretos de Lisboa.
Coreto da Praça da Viscondessa dos Olivais
De autor desconhecido, inaugurado em 1896, é o coreto com tipologia mais antiga e simples, de base quadrangular em tijolo e cantaria. Não restam dúvidas de qual a sua funcionalidade pois são bem visíveis duas liras cruzadas no remate da cobertura, construída em madeira e chapa em quatro águas.
Coreto da Praça José Fontana
Inserido na malha urbanística das Avenidas Novas, situa-se no Jardim Henrique Lopes de Mendonça que foi construído nos finais da década de 80 do séc. XIX.
Aqui existiu um primeiro coreto construído em 1863, demolido em 1909 devido à construção do Liceu Camões.
Foi então aprovada em 1912 a construção deste novo coreto, com projecto de José Alexandre Soares, um arquitecto também bolseiro em Paris e aluno de José Luís Monteiro. Tem dimensão e características muito parecidas com o do Jardim da Estrela.
Coreto de Carnide
Situado no actual Largo do Coreto, marca o centro histórico de Carnide.
Em Abril de 1929 coincidiu a sua inauguração com a activação da linha de eléctrico n.º 13 que aproximou esta zona do centro de Lisboa.
Com o forte ciclone de 1941 ficou sem cobertura, tendo recebido uma nova apenas em 1984, com traço do arquitecto João Parrinha.
Conheça a tradição das Festas e o surpreendente património da Igreja de Nossa Senhora da Luz em Carnide.
Coreto do Largo do Olival no Beato
Este coreto está inserido numa zona fortemente industrializada no final do séc. XIX, Lisboa oriental. Em 1894 foi criada a Sociedade Musical União do Beato que promovia concertos ao ar livre. Mas só em 1957 aquando da comemoração dos 63 anos de existência desta banda então inactiva, a Câmara Municipal de Lisboa aprova a construção de um coreto. Este de estrutura muito simples, em betão armado, sem cobertura e cujo gradeamento de ferro parece ser recente.
Coreto do Jardim Zoológico
Encontra-se no lugar de um outro muito antigo, mandado construir pelo Conde de Farrobo então proprietário da quinta das Laranjeiras, em 1841. Era sem dúvida uma construção curiosa lamentavelmente demolida em 1935, dado o avançado estado de degradação, e substituída por um estrado de madeira.
O actual coreto foi construído em 1988 e situa-se na zona de acesso gratuito do Jardim Zoológico de Lisboa. Apresenta uma base octogonal e cada lado é revestido com azulejos com motivos relacionados com a vida selvagem.
Coreto do Jardim da Parada, Campo de Ourique
Será legítimo estranhar que o Jardim Teófilo Braga ou da Parada não estivesse equipado há muito com um coreto fixo. Neste bairro de Campo de Ourique, construído no final do séc. XIX, ideologicamente conotado com os ideais republicanos, faria sentido que existisse no centro do seu emblemático jardim um coreto.
Coreto do Jardim do Campo das Amoreiras, Charneca
Inserido num amplo jardim, próximo da sede da Banda Musical e Artística da Charneca, da Junta de Freguesia da Charneca e da magnífica Quinta Alegre, terá sido construído na década de 90 do séc. XX.
Foi com a remodelação de 2001 que foram inseridos os azulejos do ceramista José João Gonçalves. Neles podemos observar representações de locais da freguesia inclusive um dos outros coretos de Lisboa, o do Largo das Galinheiras, e um verso de José Carlos Ary dos Santos.
Coreto do Largo das Galinheiras
Situado num bairro mais periférico e multicultural, este coreto edificado nos anos 90 propõe-se como um marco de identidade do local. Ponto de encontro de culturas e desenvolvimento de actividades que visam promover o convívio entre a população.
Coreto do Bairro do Condado em Marvila
Construído por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa no final da década de 90, constitui, como o anterior, um equipamento municipal que visa contribuir para a formação da identidade de uma comunidade.
Coreto do Largo da Graça
O último dos coretos de Lisboa que identificámos é também o mais recente.
Em 2017, no âmbito da requalificação do Largo da Graça integrado no projecto “Uma Praça em cada Bairro”, foram instalados pela Câmara Municipal de Lisboa vários equipamentos urbanos, entre os quais, um coreto.
Tal como todos os outros coretos da cidade, este também visa dinamizar culturalmente o espaço e o bairro da Graça, um dos mais antigos de Lisboa.
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