A Manuela é nossa amiga! A Manuela escreve, fotografa, questiona-se, sonha… vive! A Manuela tem memórias claras de quando tinha menos de quatro anos e brincava no Jardim do Campo Grande, junto a uma romãzeira que então era do tamanho dela. Em Lisboa em Nós de Manuela Henriques fala-nos de como não morando em Lisboa, Lisboa vive nela.
Nasci em Lisboa no ano de 1966, na então freguesia do Campo Grande e vivi no bairro de Alvalade até aos quatro anos de idade.
Foi o único período de tempo em que residi na cidade, mas a minha relação com ela desenvolveu-se e manteve-se, pois ficámos a morar relativamente perto.
Estudei, trabalhei e fiz amigos em Lisboa, o que me proporcionou um conhecimento da cidade de uma forma tranquila, progressiva e prazerosa.
O rio Tejo foi sempre um ponto obrigatório, para fazer uso e contemplar. O cacilheiro fez parte da minha vida durante a infância e adolescência e a travessia acontecia todos os meses, mais que uma vez, para visitar familiares ou ir às praias da Costa da Caparica, no verão. Por ter familiares ligados à Marinha Naval, a ida ao rio também acontecia para admirar e visitar os grandes veleiros aquando da sua atracagem.
A Baixa lisboeta fazia-nos regressar com alguma periodicidade, especialmente no início do Outono. Era costume comprarmos os tecidos, as linhas e as lãs, os livros, o café e o chá nas lojas tradicionais, sendo que algumas delas ainda resistem. E, claro, que nesses dias aproveitávamos para nos deliciar com um cartucho das típicas e apregoadas “quentes e boas” castanhas assadas.
Tudo me encanta e é essencial em Lisboa.
Os jardins e miradouros onde podemos fazer uma pausa e espalhar o olhar, as ruas estreitas, as escadinhas e pátios, os bairros antigos onde cheira a pedra e verdete e, onde a pouca luz, em certas horas do dia, nos surpreende em tons de aguarela. As avenidas, onde a nova arquitetura estranhamente acasala com a antiga. O Castelo, a Ponte 25 de Abril e a Ponte Vasco da Gama, as calçadas, as igrejas, os museus, os quiosques, as tradições e a multiculturalidade.
Actualmente desloco-me pouco a Lisboa e quando vou, sou invadida por um misto de alegria e ansiedade. As saudades instalam-se muito antes de partir.
Lisboa é a minha terra, é lá que continuo a viver mesmo fora dela.
Lisboa
trazes nos olhos um céu derramado
de intenso anil, rio aberto
o teu abraço, pedra beijada
de mil rendas coberto
espalha pelas ruas, praças e casario
melodias doces, preces e amarras
sons de outrora e aurora, guitarras ao desafio
sou de ti, perpétuo aroma das flores de verão
coração em forma de girassol
Lisboa, minha cidade-mãe, meu sol.
Manuela Henriques/Abril 2021
Lisboa em Nós de Manuela Henriques | |
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Mini apresentação | Estudei Gestão de Empresas, mas do que gosto verdadeiramente é de Arte nas suas várias expressões. Também me encanta conhecer lugares e culturas diferentes. As reminiscências fascinam-me, tal como tudo o que é secular, feito pela mão humana ou natural. A Natureza equilibra-me, especialmente a água, seja fonte, lago, rio ou mar. |
Um local inspirador | Ruínas do Carmo |
Uma visita imperdível | Museu Nacional do Azulejo |
Água na boca com… | Peixinhos da Horta |
Uma música… | Lisboa que Amanhece de Sérgio Godinho, interpretado por Carlos do Carmo e Bernardo Sassetti |
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