Descobrindo Lisboa

Partilhar consigo os aspectos mais peculiares de Lisboa, sem descurar os seus ex-líbris, é o que move o projecto cultural getLISBON.

Edifícios incontornáveis como o Arco do Triunfo da Praça do Comércio ou a Torre de Belém, encerram segredos, histórias e pormenores interessantes que lhe queremos contar mas, em seu redor, há mais 1001 motivos curiosos para continuar atento e deslumbrado.

Conhece os Fontanários da Sociedade Protectora dos Animais? Sabe quais as origens da impressionante arte da calçada portuguesa? Já alguma vez se questionou porque é que a Luz de Lisboa é tão especial? É também para estas e outras particularidades que lhe queremos chamar a atenção.

Procuramos abordar a cidade de Lisboa a partir de diferentes perspectivas, da sua História ao rio Tejo que a abraça, das personalidades e gentes que a marcaram e caracterizam aos eventos e manifestações culturais que aqui têm lugar, assim como aos cheiros e sabores da sua gastronomia…

Conhecer uma cidade vai muito para além de visitar os seus locais mais emblemáticos ou mais em voga.

Através dos nossos artigos, procuramos levar o nosso leitor a viajar por meio de acontecimentos dramáticos, triunfantes, incomuns ou até libertadores que fazem parte da História e do carácter desta magnífica cidade e das suas gentes.

Sugerimos-lhe, desde já, a leitura do artigo História de Lisboa: Um Breve Olhar Através dos Tempos que lhe dá uma visão geral dos principais acontecimentos ocorridos, ao longo dos tempos. Também disponibilizamos uma cronologia dos reis para que possa consultar sem sair do site e com facilidade situar o período histórico a que nos referimos quando nomeamos os monarcas.

A História revela-nos acontecimentos ou decisões do passado que esclarecem e justificam a origem de especificidades e características singulares hoje observáveis. É o caso por exemplo da extinção das ordens religiosas ocorrida em 1840 que determinou, entre outras coisas, o destino do património arquitectónico e artístico religioso, as suas condições de preservação ou desaparecimento. Também conhecer as teorias e políticas de conservação e restauro adoptadas nas diversas épocas permite-nos compreender as intervenções e transformações realizadas nos monumentos.

Procuramos associar o rigor da informação a um discurso acessível e apelativo.

Para garantir rigor apoiamo-nos nos saberes da historiografia e nos arquivos disponíveis, mas também na observação directa e na verificação. Sabemos que é necessário questionar sempre, observar, comparar, interpretar, reinterpretar, tirar conclusões. Esclarecer equívocos ou recuperar factos esquecidos são experiências particularmente estimulantes assim como conhecer e divulgar os museus existentes em Lisboa que nos contam tantas histórias.

Também através das pequenas histórias descobrimos especificidades e acontecimentos singulares que nos levam a entender melhor a cidade. Apelamos por isso ao testemunho dos que têm episódios curiosos e memórias para nos contar.

Desde tempos imemoriais que o rio Tejo e a cidade de Lisboa mantêm uma relação económica e afectiva. Por um lado, o rio é o principal responsável pela fixação de povos e desenvolvimento da cidade; por outro, é a cidade e os seus habitantes que lhe conferem fama e importância, ao considerá-lo como objecto de contemplação e espanto.

Já reparou que de toda a Lisboa ribeirinha ou dos mais altos miradouros se avista a margem sul? Curiosamente, é dessa margem que se pode desfrutar das mais belas vistas de Lisboa. É assim, igualmente indispensável descobrirmos a cidade de Almada, local onde um dia se fixaram gentes atraídas pelo ouro e do qual deriva o seu nome, do árabe al-ma’adan,“a mina”.

É baseada na vivência do rio e na especial relação entre este e as suas margens que trazemos o Tejo até si.

O Tejo é o rio mais extenso da Península Ibérica, nasce em Espanha onde é chamado de Tajo, divide Portugal, e banha Lisboa até se espraiar no Atlântico.

Mas antes de o rio se ligar ao oceano encontramos o seu estuário interno, o Mar da Palha, que constitui uma grande bacia, enseada natural segura entre Lisboa e Alhandra. Bom porto para os barcos, foi local procurado e privilegiado entre os povos antigos, dando origem a diversas povoações nas suas margens. E foi, ainda, uma relevante fonte de recursos alimentares e económicos pela abundância de peixe e pelo comércio de sal desde cerca de 1200 a.C.

O Tejo afirmou-se, também, como eixo de comunicação entre Lisboa e as zonas mais interiores do país – de onde provinha o pão – e o Atlântico, que lhe trouxe o Mundo.

Procuramos abordar aspectos relacionados com o rio, dando a conhecer factores diversos, como: os barcos tradicionais que ainda se podem observar com as suas cores garridas cuidadosamente preservadas; as embarcações que quotidianamente transportam milhares de pessoas; as pontes; a fauna; as belas e diversificadas paisagens que alternam entre locais destinados a momentos de lazer, parques industriais e natureza quase selvagem que podem ser observados em ambas as margens…

O rio tem sido referido ao longo de todas as épocas em escritos de poetas eruditos ou na expressão cantada das gentes mais simples. Protagonista de grandeza ou de desgraça, o Tejo é assim, ele próprio, a expressão do alfacinha simultaneamente aventureiro e fatalista, aberto e tradicional.

Todas as cidades são um conjunto de muitas coisas: paisagens, ruas, lojas, monumentos, entre tantas outras. Mas já pensaram, o que seriam as cidades sem as suas gentes? Quem é que as constrói, quem é que as torna únicas? Nos nossos artigos damos protagonismo a personalidades que contribuem para a singularidade desta cidade.

Ao longo dos tempos destacam-se homens e mulheres notáveis que marcaram a diferença pelo seu génio, e grupos sociais que marcaram uma época, pelas suas peculiaridades.

Todos diferentes na sua actividade, na sua expressão, mas todos têm um elemento comum, a cidade de Lisboa. Ou porque nela nasceram, ou porque aqui desenvolveram o seu trabalho, ou ainda, porque a cidade é o tema privilegiado da sua arte.

Os seus legados deixaram-nos textos, poemas, esculturas, canções, vitórias, vivências ou mesmo orações. Com estas personalidades identificamo-nos enquanto povo, com elas levamos o nome de Lisboa além-fronteiras.

Por isso, nascidos em Lisboa ou não, são personalidades que, de uma forma ou outra, se deixaram envolver por esta cidade mágica e aqui merecem um lugar de destaque.

Convidamo-lo ainda a conhecer as principais tradições e eventos de Lisboa!

As festas da cidade que se realizam no mês de Junho, dedicadas aos santos populares, muito coloridas e marcadas por grande adesão do público em manifestações religiosas como as procissões e outras festividades, são parte integrante e fundamental da vivência da cidade.

Durante todo o ano é possível assistir a concertos de música clássica, fado, jazz ou festivais internacionais e de música que atraem milhares de jovens, assim como a eventos de moda, festivais de cinema, teatro, espectáculos multimédia entre outras ofertas que pontuam a agenda cultural. Já para não falar na vida nocturna alfacinha, uma das mais agitadas e animadas da Europa.

Ainda, as feiras periódicas, que alegram as ruas, pracetas e jardins, trazem-nos livros, artesanato urbano, velharias, peças de coleccionismo ou talvez alguma surpresa única.

Assim, se quiser encher os olhos de cor e os ouvidos dos sons que o fazem emocionar, não pode perder estes apelos aos sentidos.

Portugal é, unanimemente, considerado um país de boa e variada gastronomia. De Norte a Sul do país encontramos diferentes tradições culinárias que, em comum, apenas partilham a criatividade e a riqueza de sabores.

Lisboa não é excepção!

Podemos dizer com segurança, que em qualquer canto de Lisboa pode usufruir de uma refeição de qualidade. Hoje a oferta de restauração é variada e para todos os gostos e carteiras, de uma refeição rápida numa tasquinha popular a um restaurante tradicional ou ao mais requintado gourmet. Para aguçar o paladar, sugerimos que acompanhe com um bom vinho português ou uma imperial (denominação utilizada em Lisboa de cerveja de pressão) bem gelada.

Ao falarmos da gastronomia portuguesa seria imperdoável não referir a sua doçaria e os seus salgados. Temos a sorte de Lisboa dispor de dezenas de pastelarias e cafés com montras generosa de doces tradicionais que nos despertam os sentidos, assim como os tão variados e saborosos salgados que confortam quando a fome nos surpreende a meio de um passeio.

Pastéis de nata e ginjinha são dois dos verdadeiros protagonistas gastronómicos da cidade que damos a conhecer…

Dedicamos este trabalho ao habitante da cidade de Lisboa que muitas vezes desconhece a riqueza existente em seu redor; ao turista nacional ou estrangeiro mais interessado e também às gerações vindouras, constituindo o nosso testemunho um contributo para a construção de memória futura desta cidade em constante e cada vez mais rápida transformação.

Acreditamos que direccionar o olhar mais curioso é uma forma de valorizar e preservar o nosso património e a nossa bela cidade.

Quem conhece ama, quem ama protege!