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Neste artigo sobre causas e manifestos em arte urbana de Lisboa juntámos alguns trabalhos de writers que assinalam importantes conceitos que dizem respeito a todos.
O século XXI é marcado pela globalização e pela revolução tecnológica e digital que representam um marco da evolução da humanidade. Apesar dos progressos, muitos problemas persistem enquanto outros emergem.
As lutas continuam a ter de ser travadas para se alcançar um mundo mais respeitador dos direitos, das diferenças, da natureza, do ambiente…
Nunca é demais sensibilizar e tentar consciencializar, principalmente, a camada mais jovem sobre as inúmeras questões existentes na sociedade em que vivemos.
A arte urbana tem um papel activo e impactante.
Faça uma visita guiada e conheça as fabulosas obras de arte urbana no centro de Lisboa.
Causas e Manifestos em Arte Urbana
Vamos, então, conhecer as Causas e Manifestos em Arte Urbana que seleccionámos para si.
End FGM
Encontra-se no Largo do Intendente um mural já bastante degradado mas que, mesmo assim, não queremos deixar de referir.
Trata-se de um trabalho, de 2014, dos criadores Fidel Évora e Tamara Alves dedicado às mulheres, em especial às sobreviventes de mutilação genital feminina.
Esta foi uma iniciativa da Associação para o Planeamento da Família que pretende alertar para esta violenta prática com raízes nas desigualdades de género.
Introspecção
Em 2015 a APAV – Associação de Apoio à Vítima, no âmbito da comemoração do seu 25º aniversário, promoveu a realização do mural “Introspecção”.
Introspecção esta que nos desperta para a existência de um lado mais sombrio da sociedade, onde acontecem todos os tipos de crimes e violências, provocando dor e sofrimento às vítimas.
Esta pintura foi executada por Frederico Draw e Rodrigo Alma e pode ser vista na Rua Dona Estefânia.
Todos – Caminhada de Culturas
O festival Todos – Caminhada de Culturas, promovido pela associação Academia de Produtores Culturais em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa, tem como objectivo contribuir para a “destruição de guetos territoriais associados à imigração”.
Através de programas de artes performativas contemporâneas, incluindo artes urbanas, tem feito destacar a importância da multiculturalidade e da inclusão.
São algumas das obras, como as de AkaCorleone, I’m from Lisboa, Violant e Tamara Alves, resultantes de várias edições deste festival, que lhe pretendemos mostrar.
Universal Personhood
Este trabalho de 2017 foi criado a quatro mãos pelos artistas Shepard Fairey e Vhils, onde intervieram respectivamente no lado esquerdo e no direito da empena do prédio que se encontra na Rua da Senhora da Glória nº39, no bairro da Graça.
Universal Personhood (Personalidade Universal) é um projecto de Fairey aka Obey Giant que visa promover a paz, igualdade e humanidade.
Através de figuras femininas de cabelo coberto, o criador americano evoca a discriminação dos direitos das mulheres nos países árabes. Na sua opinião, a igualdade de personalidade das mulheres é uma questão que, na verdade, não é exclusiva destes países.
Obey Giant pretende ainda transmitir a mensagem de que Todos merecem respeito e dignidade humana e que cada um possui a sua “Universal Personhood”.
150 Anos Abolição da Pena de Morte em Portugal
Esta obra do artista português Mário Belém fica no cruzamento da Calçada de Santa Apolónia com a Rua da Bica do Sapato, outrora lugar de execuções de penas capitais.
É composta por três partes: a data 1867, celebrada com vida e cor; o símbolo da morte e a inscrição “150 ANOS ABOLIÇÃO DA PENA DE MORTE EM PORTUGAL”.
Este mural foi realizado, em 2018, no âmbito da comemoração da atribuição da Marca do Património Europeu à Carta de Lei da Abolição da Pena de Morte de 1867. Uma distinção que destaca patrimónios que comemoram e simbolizam a integração europeia, os ideais e a história da União Europeia.
Trata-se de um acontecimento de enorme importância para todos, enquanto civilização, a consciencialização do respeito pelo direito à vida. Na época, Portugal teve uma posição dianteira no mundo, sendo um dos primeiros países a abolir a pena da morte; hoje este valor não pode de forma alguma ser ameaçado.
Mural do Compromisso
Lisboa assumiu o compromisso de sustentabilidade. Através de um conjunto de acções a Câmara Municipal de Lisboa e mais de 200 outras entidades, como: empresas, escolas, organizações, comprometeram-se em tornar a cidade das sete colinas mais verde e mais amiga do ambiente, honrando o Compromisso Lisboa Capital Verde 2020 – Ação Climática Lisboa 2030.
Para assinalar este acordo foi executado em Maio de 2020, na Av. Calouste Gulbenkian, entre a Praça de Espanha e o Aqueduto das Águas Livres, o Mural do Compromisso da autoria do criador português Ivo Santos aka SMILE.
Numa área de 1000m2, SMILE, em colaboração com a Fábrica Viúva Lamego, juntou graffiti e azulejos. Pintou animais, plantas, flores e uma menina a soprar uma dente-de-leão que simboliza o início da mudança, tendo em conta os objectivos climáticos.
No painel de azulejo que se encontra no meio do mural está inscrito o Compromisso Acção Climática Lisboa 2030 que consiste, essencialmente, na redução em 60% nas emissões de CO2 dentro de 10 anos e na neutralidade carbónica até 2050.
Mas este painel está incompleto, para que mais entidades possam firmar esse compromisso, juntando o seu logotipo aos dos parceiros que fizeram questão de estar na linha de frente.
Profissionais de Saúde
Esta última referência a causas e manifestos em arte urbana diz respeito a um reconhecimento do esforço dos profissionais de saúde que neste ano de crise sanitária mundial, devido à Covid-19, combatem na linha da frente para proteger e salvar a população.
O mural executado por três artistas, Edis One, Pariz One e Ôje foi promovido pelo grupo Lusíadas Saúde e encontra-se na Rua Abílio Mendes.
Este foi inaugurado em 18 de Junho de 2020, o centésimo dia após a Organização Mundial de Saúde ter decretado pandemia.
Apesar de a pintura se referir à situação actual, o elemento máscara não consta da composição. Segundo os autores pretendem que esta homenagem seja intemporal.
Esperamos que estes exemplos de causas e manifestos em arte urbana o tenha despertado para os desequilíbrios existentes, tanto a nível da sociedade portuguesa como a nível global, e que a todos cabe o dever de contribuir para minimizar os seus efeitos.
Leia também sobre as Personalidades Homenageadas em Arte Urbana de Lisboa.
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