Conhecer o projecto “Às 5, no Mercado”, uma intervenção de arte urbana do estacionamento do Chão do Loureiro é a nossa sugestão de hoje.
A região de Lisboa está repleta de arte urbana. Para além das galerias a céu aberto dos bairros municipais que a getLISBON já teve oportunidade de lhe mostrar:
é ainda possível admirar obras desta manifestação artística um pouco por toda a cidade, inclusive no centro histórico.
Com Lisboa: Tour Arte de Rua pode conhecer outras igualmente fabulosas obras de arte urbana no centro de Lisboa.
O Parque de Estacionamento do Chão do Loureiro
Inaugurado em 2011, este parque fica na Costa do Castelo. Resulta do projecto de transformação do edifício do antigo Mercado Chão do Loureiro num espaço multifuncional.
Na cobertura foram instalados painéis solares fotovoltaicos, tornando este edifício uma referência na utilização eficiente de energia e na utilização de fontes de energia renováveis.
Para além da função de recolha de viaturas, existe um supermercado no rés-do-chão e um restaurante no terraço, com uma vista deslumbrante sobre a cidade e o rio Tejo.
No mesmo edifício está instalado o elevador Castelo-Baixa, um dos equipamentos que facilita aos habitantes e visitantes de Lisboa vencerem os relevos desta Cidade das Sete Colinas.
Vamos então mostrar-lhe a arte urbana do estacionamento do Chão do Loureiro.
“Às 5, no Mercado” – Arte Urbana do Estacionamento do Chão do Loureiro
Este projecto de arte urbana do estacionamento do Chão do Loureiro resultou da iniciativa da EMEL, entidade municipal gestora deste parque, em colaboração com a GAU – Galeria de Arte Urbana do Departamento de Património Cultural da Câmara Municipal de Lisboa.
Para enriquecer este espaço foram convidados 5 conceituados artistas graffiters nacionais que espalharam os seus trabalhos criativos pelos 6 pisos.
A melhor forma de visitar esta galeria é começar pelo piso 6 e ir descendo a pé em movimento espiralado até ao piso térreo, à medida que aprecia estas fantásticas pinturas, cheias de interessantes detalhes.
Em cada piso, junto dos elevadores, existe um painel explicativo sobre cada um dos artistas.
Do Piso 6 ao Piso 2 temos respectivamente obras de Ram, Mar, Miguel Januário, Paulo Arraiano e Nomen. E no Piso 1 intervenções conjuntas dos 5 autores.
Entre latas de spray, trinchas, rolos e pincéis, cada artista deixou as suas mensagens e marcas pessoais, conjugando a criatividade com a arquitectura.
Piso 6 – Ram (1976)
Começamos no 6º piso onde se observam pinturas cheias de movimento e cor, muito características deste autor.
Os traços rápidos e agitados tanto desenham elementos abstractos como componentes da natureza: ondas revoltas, apontamentos florais…
Trata-se de uma chamada de atenção para a preservação do ambiente, remetendo para a transformação e a reciclagem, em harmonia com a utilização deste piso, o mais ecológico, destinado ao carregamento de viaturas eléctricas.
Piso 5 – Mar (1974)
Para as paredes do Piso 5, Mar trouxe-nos uma história baseada no surreal, a do Caçador de Origamis que se desenvolve em vários episódios, envolvendo criaturas e personagens diferentes, com referências à cultura pop.
Das personagens destaca-se o Herói com Alzheimer, ironizando o esquecimento do próprio super-herói quanto aos seus propósitos.
Em todo o trabalho observa-se uma conjugação de formas orgânicas e rectilíneas numa explosão de cores e movimentos.
Piso 4 – Miguel Januário (1981)
Continuando para o Piso 4 temos o trabalho de Miguel Januário, um artista portuense que nos deixa fascinados com os pormenores da sua recriação da cidade de Lisboa.
Segundo o próprio autor, Lisboa é uma cidade de etnias, de cultura, de mistura de influências; é uma cidade de cor e de luz…
Num traço inquieto Miguel Januário enche as telas brancas de monumentos, edifícios, pessoas, cor, movimento…
Piso 3 – Paulo Arraiano (1977)
Ao contrário de todos os outros pisos, aqui predomina o quase monocromático. O espaço é dominado pelo castanho que nos remete à Terra Mãe, às civilizações antigas e ao mitológico.
Neste trabalho, o artista evoca a relação que temos com as nossas raízes que, muitas vezes, acaba por cair no esquecimento devido à vivência absorvente da cidade.
Piso 2 – Nomen (1974)
O artista auto-didacta Nomen proporciona-nos uma mistura de caligrafia com fotorrealismo.
Pelas paredes podemos encontrar complexas caligrafias coloridas, de estilo selvagem, quase imperceptível, que o próprio artista admite ser o que mais sente. Gosta igualmente do fotorrealismo que não dispensou neste projecto, incorporando-o entre lettering, através de personagens, retratos, rostos e até um pássaro…
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Piso 1 – Intervenção Conjunta
Por fim, no piso térreo podemos admirar uma obra individual de cada autor e dois painéis, um de maior dimensão e outro menor à saída do estacionamento, onde os 5 artistas intervieram em equipa.
Termina assim a nossa visita à arte urbana do Estacionamento do Chão do Loureiro, um espaço expositivo peculiar, onde estão reunidas obras artísticas tão diferentes mas que estão na sua essência ligadas ao urbano, à nossa Lisboa.
Leia também sobre:
– A Arte Urbana Rostos do Muro Azul
– A Arte Urbana da Estação de Entrecampos
– O Artivista Bordalo II em Lisboa
O projecto getLISBON tem sido muito gratificante. Queremos continuar a revelar singularidades da apaixonante cidade de Lisboa.
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