Artigo original publicado em 08/07/2020.
Estes 5 discretos miradouros de Lisboa não estão entre os mais conhecidos da cidade das sete colinas, mas dão diferentes e imprevisíveis perspectivas que poucos conhecem.
São incontornáveis as emblemáticas vistas do Castelo de São Jorge ou as dos miradouros das Portas do Sol, de São Pedro de Alcântara ou da Senhora do Monte.
Estes são, sem dúvida, obrigatórios para quem nos visita e procura os melhores locais para se deslumbrar com o casario, o rio e a luz de Lisboa.
Mas há outros mais discretos que também merecem ser visitados.
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Os 5 Discretos Miradouros de Lisboa Eleitos
Os discretos miradouros de Lisboa estão espalhados um pouco por toda a cidade entre Alfama e Alcântara, e ainda, inesperadamente, em Campo de Ourique onde o carismático eléctrico nº 28 tem o seu término.
Miradouro de Santo Estêvão
Se planeia visitar os Miradouros de Santa Luzia e das Portas do Sol não pode perder o de Santo Estêvão que fica apenas a pouco mais de 1km de distância.
Daqui evidentemente também se avista o rio, mas a perspectiva de Alfama é oposta, permitindo descobrir outros recantos encantadores.
Esta varanda sobre o mais antigo e pitoresco bairro de Lisboa é no fundo o adro da Igreja de Santo Estêvão, uma das igrejas por onde passa a Procissão de Santo António, local muitas vezes evocado nas letras do fado.
Na igreja de Santo Estêvão
Junto ao cruzeiro do adro
Houve em tempos guitarradas
Não há pincéis que descrevam
Aquele soberbo quadro
Dessas noites bem passadas…
Excerto de “A Igreja de Santo Estêvão”; Fado do repertório de Fernando Maurício;
Poema de Gabriel Oliveira / Música do Fado Victória de Joaquim Campos
Procure a melhor vista e sinta o espírito deste bairro histórico durante a sua estadia em Lisboa. Encontre aqui simpáticos alojamentos em Alfama.
Miradouro do Recolhimento
Do Castelo de São Jorge avista-se quase toda a Lisboa mas o bairro mais próximo, Alfama, fica escondido dessa imensa varanda da cidade. Para o ver do Castelo é necessário embrenhar-se pelas ruas dentro das muralhas e entrar no Jardim do Recolhimento.
Ali encontrará um espaço aprazível que convida a permanecer e um terraço que lhe oferece diferentes perspectivas de monumentos emblemáticos como o Mosteiro de São Vicente de Fora e a Igreja de Santa Engrácia.
O local é particularmente favorável para contemplar o Largo das Portas do Sol onde se avista uma torre da Cerca Moura. Esta integra o Palácio Azurara, hoje Museu de Artes Decorativas Portuguesas.
Mais abaixo observa-se o edifício da antiga Estação Elevatória de Águas de Alfama onde está instalado o Museu do Fado e na mesma direcção o novo terminal de cruzeiros, obra do arquitecto João Luís Carrilho da Graça, inaugurado em 2017.
Miradouro da Rocha Conde de Óbidos
O Miradouro da Rocha do Conde de Óbidos situa-se no Jardim 9 de Abril, também conhecido por Jardim das Albertas ou Jardim da Rocha do Conde de Óbidos, e é, sem dúvida, um fantástico miradouro sobre o rio Tejo.
Dali se avista o Cais da Rocha, uma parte do Porto de Lisboa com a paisagem industrial tão característica desta cidade e a Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos. Neste edifício modernista do arquitecto Pardal Monteiro, encontra-se o mais impressionante conjunto de murais do pintor Almada Negreiros realizados no final dos anos 40 do século passado.
Quando se deslocar a este miradouro aproveite para visitar o Museu Nacional de Arte Antiga e descubra ainda ali bem perto, para os lados da Pampulha, as caravelas de pedra presentes nas fachadas dos antigos edifícios.
Miradouro do Largo das Necessidades
Este miradouro fica no Jardim Olavo Bilac, frente ao Palácio das Necessidades e à Tapada com o mesmo nome. É um local agradável, pouco movimentado, sobre Alcântara.
O miradouro é propício à observação da margem sul, do Cristo Rei e da Ponte 25 de Abril.
No centro do jardim existe um chafariz mandado edificar pelo rei D. João V que em 1747 o dedicou à Virgem. Consiste num lago quadrilobado de onde se ergue um obelisco coroado com elementos religiosos.
Em volta do lago quatro elementos escultóricos barrocos que representam carrancas e golfinhos são extraordinários elementos para compor uma boa fotografia.
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Cemitério dos Prazeres
O cemitério histórico dos Prazeres é uma verdadeira caixinha de surpresas.
Espanta-nos o seu paradoxal nome com origem na antiga Quinta dos Prazeres, a presença de extraordinários exemplares de arte funerária, as histórias tão perturbadoras como o caso das Trinas e ainda… claro, um miradouro.
Convidamo-lo a visitar este museu ao ar livre e dali alcançar uma privilegiada vista da zona ocidental da cidade.
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