Neste artigo revelamos-lhe miradouros em monumentos nacionais de Lisboa. Sabia que os seus terraços são abertos ao público e permitem desfrutar de deslumbrantes vistas?
Aqui encontrará edifícios que provavelmente lhe são familiares, mas na sua breve descrição encontrará curiosidades que talvez não saiba…
Conheça a nossa selecção!
Faça uma visita guiada às zonas históricas de Lisboa e conheça locais imperdíveis desta magnífica cidade.
Os 8 Miradouros em Monumentos Nacionais de Lisboa Seleccionados
Pelas suas características geográficas Lisboa só podia ser uma cidade de miradouros!
Do cimo de cada colina, de uma rua mais íngreme, ou de umas escadinhas, constantemente nos deparamos com diferentes perspectivas da cidade, do rio Tejo e da margem sul.
Se às colinas acidentadas que culminam num rio largo associarmos edifícios de excepção de diferentes épocas, temos com certeza bons motivos para lhe falar.
Castelo de São Jorge
A mais alta das míticas sete colinas de Lisboa é coroada pelo Castelo de São Jorge, classificado como monumento nacional em 1910.
Uma construção que remonta ao séc. I a.C. e que ao longo dos séculos foi ocupada por diversos povos, apelidada com diferentes nomes, alvo de transformações, acrescentos e destruições.
Numa torre do castelo guardavam-se os Livros de Tombo do reino, primeiro arquivo nacional que hoje se preserva no Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
No séc. XIX, existia no interior da fortaleza um edifício do período filipino que tinha então as funções de quartel. Na sua parada encontram-se as origens da calçada portuguesa. Um ziguezague preto e branco que se perdeu com as obras empreendidas pela DGEMN (Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais).
Esta intervenção de restauro e reconstrução do património, realizada entre 1938 e 1940, apostava na pureza de estilos com fins ideológicos e por isso concentrou-se em destruir os testemunhos das diversas épocas posteriores ao período da formação da nacionalidade.
Apesar dessa radical e destrutiva intervenção, vale a pena visitar esta antiga fortaleza que dispõe de um centro interpretativo e evidentemente de uma vista privilegiada sobre a cidade.
Torre de Belém
A Torre de Belém ou Torre de São Vicente é o incontornável ex-líbris, situado na zona ocidental da cidade e um dos miradouros em monumentos nacionais de Lisboa que seleccionámos.
Assim classificada em 1907 e desde 1983 também Património Mundial pela UNESCO, é ainda considerada uma das 7 Maravilhas de Portugal.
Esta torre fazia parte de um sistema de defesa tripartida projectada no reinado de D. João II, constituído pelo baluarte de Cascais e a fortaleza de São Sebastião da Caparica.
Trata-se de um ícone da arquitectura Manuelina, construída dentro do rio entre 1514 e 1520, misto de torre de menagem e baluarte. É muito mais uma afirmação de nacionalismo da potência mundial que era então o reino, do que um instrumento de defesa da cidade de Lisboa.
Do terraço da torre observa-se uma vista soberba sobre o rio e a cidade.
Não perca a oportunidade de se deliciar com os saborosos pastéis de Belém e, se aproveitar o terceiro domingo do mês pode também usufruir do espectacular Render Solene da Guarda, junto ao Palácio de Belém.
Mosteiro de São Vicente de Fora
Não há imagem de Alfama que não tenha como remate o grande edifício de linhas sóbrias do Mosteiro de São Vicente de Fora.
Esta casa religiosa, dedicada a São Vicente, cuja história lhe falámos em Símbolo da Cidade de Lisboa, é uma das construções realizadas na capital durante o período filipino (1581-1640).
A igreja começou a ser construída em 1590 no local onde já existira um convento de São Vicente, entregue pelo rei Afonso Henriques à Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Apelidou-se de Fora porque se localizava fora das muralhas do perímetro urbano da cidade, ou seja fora de portas, e porque estava fora da jurisdição do bispo de Lisboa.
Produto do trabalho conjunto de arquitectos italianos, espanhóis e portugueses, o mosteiro ficou concluído em 1627 e tornou-se um modelo para as construções religiosas que se realizaram desde então. Ao longo dos séculos foram sendo acrescentados elementos que o foram enriquecendo, apresentando, por isso, características de diversos estilos. Aqui está instalado o panteão da dinastia de Bragança.
Uma monumental escadaria revestida com um programa azulejar joanino dá acesso a um terraço de onde se observa uma vista particularmente diferente das dos miradouros tradicionais.
Igreja de Santa Engrácia – Panteão Nacional
A cúpula da Igreja de Santa Engrácia marca o relevo da cidade de Lisboa com tal intensidade que parece impossível que tenha apenas pouco mais que cinco décadas.
Este magnífico edifício barroco levou tanto tempo a ser finalizado que deu origem à expressão “obras de Santa Engrácia” usada quando nos queremos referir a algo que se arrasta no tempo.
Na verdade o edifício só ficou concluído em 1966 quando finalmente foi finalizada a cúpula que remata a construção iniciada trezentos anos antes, em 1682.
Mesmo inacabado foi classificado em 1910 como monumento nacional.
Trata-se de um dos mais antigos edifícios barrocos do país, característica particularmente presente nas suas paredes onduladas e nos embrechados dos pavimentos.
O edifício tem a função de Panteão Nacional, ali repousam intelectuais ilustres, escritores e políticos, mas também o destacado futebolista Eusébio ou a mais internacional intérprete do fado, Amália Rodrigues.
Numa visita ao local é obrigatório subir ao zimbório e deliciar-se com a magnífica vista. Aproveite melhor a deslocação fazendo-a coincidir com os dias da Feira da Ladra.
Aqueduto das Águas Livres e Reservatório da Mãe D’Água das Amoreiras
O Aqueduto das Águas Livres mandado edificar pelo rei D. João V é uma das mais monumentais edificações da cidade de Lisboa, classificada também em 1910 como monumento nacional.
Trata-se de um vasto sistema de captação e transporte de água por via gravítica, construído entre 1731 e 1799, que sobreviveu ao terramoto de 1755.
O troço visível mais emblemático é a arcaria do vale de Alcântara. Com uma extensão de 941m é composta por 35 arcos e inclui o maior arco em ogiva, em pedra, do mundo com 65,29m de altura e 28,86m de largura.
É daqui que é possível, em visita livre ou guiada, usufruir de uma magnífica vista do vale de Alcântara.
Mas o Aqueduto disponibiliza mais no que respeita a miradouros. O Reservatório da Mãe D’Água das Amoreiras oferece ao visitante um terraço que permite uma vista de 360º da zona Amoreiras/Cais do Sodré que não deve perder.
Basílica da Estrela
O complexo da Basílica da Estrela e o antigo convento de freiras carmelitas está classificado como monumento nacional desde 1907.
Foi mandado construir no final do séc. XVIII pela rainha D. Maria I, como pagamento de uma promessa e é o primeiro templo do mundo dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.
O projecto é dos arquitectos da Escola de Mafra que apostaram num modelo barroco, já um pouco ultrapassado para a época, mas nem por isso menos interessante.
No transepto da igreja, a rainha repousa num túmulo de mármore negro e branco da 1ª metade do séc. XIX. Este magnífico mausoléu dissimula a entrada para uma pequena sala onde se encontra um presépio barroco da autoria de Machado de Castro de que lhe falámos no artigo O Impressionante Presépio da Basílica da Estrela.
O edifício é encimado por uma cúpula que se destaca no relevo da cidade e o seu terraço constitui um dos miradouros em monumentos nacionais de Lisboa de onde se alcança uma bela vista.
Arco da Praça do Comércio
Situado numa das mais belas praças do mundo, o Arco do Triunfo da Praça do Comércio é, desde 2013, um dos incontornáveis miradouros de Lisboa que atrai nacionais e estrangeiros.
Uma construção que deriva da reconstrução da cidade levada a cabo após o terramoto de 1755. O remate em arco da monumental praça esteve previsto desde o primeiro momento, mas o projecto definitivo somente concluído e inaugurado em 1873, mais de 100 anos após a terrível tragédia.
Do terraço desta imponente e simbólica construção é possível, numa panorâmica de 360º observar uma perspectiva privilegiada da Praça do Comércio, o rio e a margem sul, o Cristo Rei e a Ponte 25 de Abril, toda a baixa pombalina, o castelo de São Jorge e a encosta da Sé até à Igreja da Conceição Velha.
Mais um monumento nacional classificado em 1910 e integrado na área protegida da Lisboa Pombalina que lhe vai permitir realizar excelentes fotografias.
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Elevador de Santa Justa
O elevador de Santa Justa, construído entre 1900 e 1902, começou por ser um dos elevadores e funiculares de Lisboa que ajudavam a população a vencer os acentuados declives da cidade.
Situado em plena baixa pombalina é uma construção singular que reúne a novidade da engenharia do ferro e o gosto revivalista, neste caso neo-gótico, da arquitectura do período romântico.
Este é um dos ex-líbris da cidade que nos eleva a um nível que ultrapassa os telhados das construções pombalinas e daí nos oferece uma vista panorâmica sobre toda a zona histórica da cidade.
Classificado desde 2002 como Monumento Nacional, continua a funcionar diariamente para os turistas que esperam em longas filas pelo privilégio de usufruir não só da vista, mas também, das duas belas cabines originais de madeira com ornamentos de latão e espelhos.
Aceite as nossas sugestões e visite os miradouros em monumentos nacionais de Lisboa.
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